Variação de preços: Ipardes divulga Índice de Alimentos e Bebidas de fevereiro 11/03/2025 - 11:38

Assim como percebido pela população de todo o País, ovos e café tiveram aumento de preço em fevereiro e puxaram para cima o Índice Ipardes de Preços Regional de Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas) do Paraná. Foi registrada alta geral do índice de 1,50% no mês, sendo que o ovo teve participação em 0,66% e o café, de 0,82%. Alguns produtos influenciam esse resultado para cima e outros para baixo, sendo o caso da banana-caturra, -0,18%, maçã, arroz branco e óleo de soja, com -0,12% cada um destes três últimos.


O resultado geral de 1,50% está 0,75% acima do de janeiro e 0,06% superior ao observado no mesmo período de 2024. Todos os municípios de todas as regiões do Estado apresentaram tendência de alta em patamares maiores que o de janeiro de 2025. A maior alta ocorreu em Curitiba (2,07%), seguida por Maringá (1,62%), Ponta Grossa (1,57%), Cascavel (1,28%), Londrina (1,27%) e Foz do Iguaçu (1,20%).


O ovo de galinha registrou em fevereiro alta de 22,42% e o café, de 11,84%. Além destes dois itens, outro que seguiu a mesma tendência foi a batata-inglesa, em patamar de 8,47%.


Alguns dos fatores que pressionaram os preços de ovo de galinha são as ondas de calor, a elevação dos custos de produção, em especial o custo do milho, que é um insumo essencial para a alimentação das aves, a restrição de oferta e os picos de demanda oriundos do início do ano letivo e do período que antecede a quaresma. Nos municípios em que a pesquisa é realizada, o ovo de galinha registrou aumento de 26,48% em Cascavel, de 25,50% em Curitiba, de 21,83% em Foz do Iguaçu, de 21,08% em Ponta Grossa, de 20,81% em Maringá e de 18,99% em Londrina.


“Já as constantes altas do café refletem as quebras de safra nos últimos quatro anos, impulsionadas ora por geadas, ora por estiagens. Estas últimas resultaram nas queimadas do ano passado, impactando em redução da área plantada e em diminuição do estoque. Aliado a isso está o consequente aumento do consumo mundial”, explica Marcelo Antonio, diretor de Estatística do Ipardes.


Em relação à batata-inglesa, as chuvas interromperam a colheita do tubérculo, diminuindo a disponibilidade ao consumidor, o que faz os preços subirem.


PREÇOS EM QUEDA – Por outro lado, a coleta de dados registrou também reduções de preços. As principais quedas ocorreram com banana-caturra (-13,63%), feijão-preto (-8,25%) e feijão-carioca (-8,21%). A retração nos preços desses produtos deve-se, especialmente, à ampliação da oferta ao consumidor.


A banana-caturra apresentou a maior queda em Londrina (-24,64%), seguido por Maringá (-19,87%) e Ponta Grossa (-8,61%). Já, em Curitiba e em Foz do Iguaçu, o principal destaque foi o feijão-carioca com retração de -11,20% e 8,18%, respectivamente. Em Cascavel, a queda de maior intensidade foi observada no feijão-preto (-10,15%).   


ÚLTIMOS 12 MESES – O cálculo do índice acumulado para os últimos 12 meses apresentou uma leve oscilação frente ao último período, interrompendo a série de desacelerações iniciada em novembro ao registrar 9,09%. Regionalmente, a maior variação acumulada para o período foi observada em Ponta Grossa (10,24%), acompanhada por Foz do Iguaçu (9,83%), Cascavel (9,06%), Londrina (8,98%), Curitiba (8,59%) e Maringá (7,77%). 


No Paraná, os principais itens com aumento acumulado entre março de 2024 a fevereiro de 2025 foram o café (75,51%), o alho (35,08%) e o pernil suíno (31,91%). Nos últimos 12 meses, o café registrou reajustes de 84,98% em Londrina, de 84,13% em Cascavel, de 82,37% em Ponta Grossa, de 80,50% em Foz do Iguaçu, de 72,63% em Curitiba e de 51,02% em Maringá.


No outro extremo, as principais quedas constatadas para esse período no território paranaense ocorreram em batata-inglesa, cebola e feijão-preto com decréscimos de 58,18%, 41,17% e 26,09%, respectivamente. A batata-inglesa registrou queda de 61% em Curitiba, de 60,38% em Ponta Grossa, de 59,46% em Maringá, de 58,35% em Londrina, de 57,30% em Cascavel e de 51,98% em Foz do Iguaçu.


ÍNDICE – O Ipardes divulga mensalmente a variação do Índice de Preços Regional – Alimentos e Bebidas, a partir da análise de 35 itens em seis municípios. Os preços para o cálculo são extraídos de aproximadamente 382 mil registros das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais dos municípios onde é feita a coleta e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.

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