Capacitação sobre dados de ranking visa melhorar serviço público e ampliar desenvolvimento sustentável 18/09/2024 - 14:57
Aprimorar a gestão pública para atender melhor a população paranaense, com políticas mais eficazes, foi o tema das palestras do seminário sobre Indicadores e Políticas Públicas Baseadas em Evidências, realizado nesta quarta-feira (18), no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.
O evento, inédito no país, foi organizado pelas secretarias estaduais do Planejamento (SEPL) e da Administração e Previdência (Seap), por meio da Escola de Gestão, em parceria com o Centro de Liderança Pública (CLP), que elabora o Ranking de Competitividade dos Estados, um dos principais temas tratados durante o evento, que foi dirigido aos servidores do Estado.
O diretor-presidente do Centro de Liderança Pública (CLP), Tadeu Barros, frisou em sua palestra que o processo decisório – também no setor público - não pode ser trivial, e que o que não se mede, não pode ser qualificado – e, consequentemente, não pode ser melhorado.
“Olhar a política pública sob a ótica de dados e evidências serve de bússola que ajuda a priorizar o que é mais relevante. É a partir de indicadores que se tem diagnósticos e se entrega melhores políticas públicas aos paranaenses”, explicou Barros, ressaltando que é preciso usar, sobre esses dados, inteligência analítica para gerar informações e cenários prospectivos.
Barros explicou que o mais importante no processo de engajamento dos servidores públicos em torno do desenvolvimento de atividades que satisfaçam demandas provenientes do trabalho sobre dados é ter uma liderança que compre essa agenda e a replique.
“O maior exemplo a gente vê no Paraná com o pontapé dado por esse curso de capacitação para média gerência dos servidores, para que possam olhar mais atentamente para esses dados e evidências”, afirmou. Pelo quarto ano consecutivo, o Paraná é o Estado mais sustentável do Brasil, segundo o Ranking, ficando em terceiro lugar no ranking geral.
O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, ressaltou que a orientação do Governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior, é trabalhar com evidências, indicadores e métricas para se ter melhor desempenho no uso do dinheiro público.
“Queremos uma boa gestão e quem cuida dos números, cuida das pessoas. O Estado tem conseguido ter essa capacidade de investimento em saúde, educação e infraestrutura, voltando esse tributo dos cidadãos para políticas públicas que possam atender a todos”, disse.
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Essa ideia é compartilhada pelo secretário de Estado da Administração e Previdência, Cláudio Stabile, que destacou a importância da qualidade dos dados do Ranking de Competitividade para ajudar os servidores públicos paranaenses a desempenharem melhor suas atividades.
“Destaco a qualidade dos dados, isso é importante, eles têm que ser fidedignos e, uma vez com eles, começamos a trabalhar nas ações do planejamento. Isso leva, uma vez postas em prática, a mais eficiência, gerando o que a população almeja, o melhor serviço público”, disse.
O diretor de Planejamento da SEPL, Breno Lemos, assinalou que o Paraná trabalha com o Ranking de Competitividade visando oferecer cursos para que se possa entender como aprimorar e aprofundar as políticas públicas e a qualidade do serviço que chega ao cidadão.
“A importância de o serviço público estar neste evento é porque tudo se reflete em políticas de Estado, de longo prazo, que às vezes envolvem mudanças que vão além do ciclo político de um governo, que vão mudar o comportamento e a cultura da sociedade”, diz ele.
Lemos diz que o curso ajuda a avaliar como estamos até aqui em termos da qualidade das políticas públicas e ajuda a aprimorá-las, tanto a partir do conhecimento das melhores práticas do Brasil, como desenvolvendo formas de melhorar aquilo que já é referência no Paraná.
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A diretora da Seall, Gabriella Ferolla, tratou, no evento, do tema Alinhamento Estratégico à Agenda 2030, que abordou como aproximar a comunicação de dados relativos aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/ONU) e ESG (sigla que em português para Ambiental, Social e Governança) do mercado e da sociedade e como alavancar oportunidades em termos de financiamento, com alocação de recursos para implementar essas políticas.
“Os governos já implementam muitos ODSs, o que se precisa, hoje, é de mais mensuração - com base em dados e evidências - e uma comunicação mais efetiva desses resultados para o mercado e para os seus públicos estratégicos”, disse Gabriella, que vê o Paraná alinhado às principais organizações protagonistas desse setor.
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“No momento em que o Paraná traz isso para os servidores públicos conseguimos trazer uma visão mais verticalizada e aprofundada dessas possibilidades, as melhores práticas do mercado e alinhadas a esse movimento global do mercado financeiro de trazer cada vez mais a perspectiva de sustentabilidade para o desenvolvimento das organizações, não só as privadas do terceiro setor como também para as organizações públicas”, disse ela.